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Nutrientes que ajudam o espessamento do endométrio

O espessamento do endotélio é caracterizado pelo revestimento uterino muito grosso (espesso). A condição de endométrio espessado provoca hemorragia que leva ao aumento da produção de estrogênio no corpo, à menstruação irregular e à queda dos níveis de progesterona.


Um dos motivos do espessamento do endométrio é a inflamação, uma reação biológica à interrupção da homeostase do tecido, por isso muitos fatores como como tabagismo, sedentarismo, poluição excessiva e distúrbios do sono e até a alimentação podem influenciar nos sintomas e na evolução da doença.


No sistema reprodutor feminino, diversos mecanismos biológicos conduzem ao desempenho harmônico das suas funções. Assim é possível encontrar entre os agentes moduladores dos processos fisiológicos do trato reprodutor feminino os radicais livres, que são substâncias com elétrons desemparelhados caracterizados pela alta capacidade de reagir com outros substratos, especialmente as proteínas, o DNA e os lipídios. Baixas concentrações dessas espécies reativas têm importância na modulação de inúmeros processos fisiológicos do sistema reprodutivo feminino como a fertilização, o desenvolvimento e a implantação embrionária. Porém, quando há um desequilíbrio entre os radicais livres seja por maior produção ou inadequação da capacidade antioxidante do organismo, pode ocorrer o estresse oxidativo, oque pode causar o espessamento do endométrio.


Uma das causas do estresse oxidativo são os hábitos alimentares ruins , isso porque uma dieta pobre em alimentos in natura e minimamente processados e rica em produtos ultraprocessados que são compostos por aromatizantes, corantes, emulsificantes e outros aditivos e que possuem baixa qualidade nutricional e alta densidade energética, contribuem para a formação de radicais livres, o que agrava ou gera o estresse oxidativo.


Em contrapartida, ao adotar uma alimentação saudável com nutrientes antioxidantes, auxiliam o organismo a inibir ou reduzir os danos causados às células pelo processo de estresse.

Confira alguns nutrientes que você pode incluir na sua alimentação:

Coenzima Q10: reduz significativa o estresse oxidativo e ajuda no aumento na atividade das enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase e glutationa peroxidase, è encontrado peixes grãos e sementes (amendoim, nozes e pistache) , frutas (laranja, morango e abacate) e vegetais (espinafre e brócolis)

Glutationa: desempenha um papel fundamental na proteção celular contra o estresse oxidativo pois Em sua composição existem grupos químicos de enxofre que trabalham coletando no corpo elementos nocivos, como radicais livres e toxinas como mercúrio e metais pesados com o objetivo de eliminá-los. Encontrados no alho, cebola, açafrão e vegetais (brócolis, couve, repolho, couve-flor, agrião, entre outros);

Vitamina E : É um antioxidante que pode bloquear o início da peroxidação lipídica ( o processo através do qual os radicais livres capturam elétrons dos lípidos das membranas celulares) ou como inibir a sua propagação. Estudos evidenciaram-se menores níveis séricos de vitamina E em portadoras de infertilidade relacionada à endometriose. Encontrado nas oleaginosas, no salmão e no abacate.

Polifenóis: exercem numerosos efeitos antioxidantes e antiinflamatórios por meio da inibição de fatores que envolvem a inflamação como NF-κB e AP-1 e ativação de Nrf2, que é uma proteína que ajudam as células a lidarem estresse oxidativo .Encontrados na maçã , morango, limão, couve e castanhas.

Ômega 3: tem propriedades anti-inflamatórias pois reduz a produção de substâncias inflamatórias como os eicosanóides e as citocinas. Além disso, a ação anti-inflamatória do ômega 3 ajuda a prevenir os danos celulares provocados pelo estresse oxidativo.Encontrado em peixes de água fria (salmão, atum e sardinha), azeite e oleaginosas.

Vitamina C : É um antioxidante clássico, pois Contribui no combate a oxidação das células saudáveis por ser uma grande doadora de elétrons E ajuda na proteção de proteínas, lipídios e outros elementos importantes para a manutenção das células. Encontrado na laranja, limão, tangerina, abacaxi ,brócolis e espinafre.

A escolha de carboidratos de alta qualidade como os grãos integrais e farelos de cereais, podem diminuir as respostas inflamatórias , Além disso as fibras possuem influência na redução significativa nas concentrações de da proteína C Reativa ( sua concentração sanguínea se eleva quando há indicativo de processos inflamatórios).


Com todas essa informações fica claro o nutricionista possui um papel fundamental na prevenção e no tratamento do espessamento do endométrio, pois é o profissional habilitado para orientar as pacientes sobre a importância da adoção de hábitos alimentares saudáveis, bem como para prescrever planos alimentares utilizando as estratégias de acordo com as necessidades de cada paciente.


Referências:


DA SILVA, CAROLINE LARANJEIRA. CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS POR MULHERES COM CÂNCER DE ENDOMÉTRIO. 2019. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Drizi A, Djokovic D, Laganà AS, van Herendael B. Impaired inflammatory state of the endometrium: a multifaceted approach to endometrial inflammation. Current insights and future directions. Prz Menopauzalny. 2020 Jul;19(2):90-100. doi: 10.5114/pm.2020.97863. Epub 2020 Jul 13. PMID: 32802019; PMCID: PMC7422289.


Edalati, S., Bagherzadeh, F., Asghari Jafarabadi, M., & Ebrahimi-Mamaghani, M. (2021). A maior ingestão de alimentos ultraprocessados ​​está associada a maiores danos ao DNA em adolescentes saudáveis. British Journal of Nutrition, 125 (5), 568-576. doi: 10.1017 / S0007114520001981


CHALUB, Juliana de Pinho; LEÃO, Natânia Silvério de Castro. Uma investigação sobre os aspectos nutricionais relacionados à endometriose.


VIEIRA, G. C. D.; SILVA, J. A. C. da; PADILHA, R. T.; PADILHA, D. de M. M. . Endometriosis: causes, implications and treatment of female infertility through assisted reproduction techniques. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 10, p. e6859109128, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i10.9128. Disponível em: https://www.rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/9128..

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