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EXISTEM ALIMENTOS QUE AJUDAM A CONTROLAR A ANSIEDADE?



A ansiedade é uma patologia mental, caracterizada por gerar um estado de angústia e medo, além disso, é caracterizada pela presença de um humor negativo causado por sintomas corporais de tensão física e apreensão em relação ao futuro. Esta doença é multifatorial e pode estar associada a uma alimentação de baixa qualidade e a um estilo de vida inadequado. Esta comorbidade pode ser causada por fatores genéticos, biológicos e ambientais, atingindo pessoas em todas as fases da vida, desde as crianças até os idosos.


O tratamento para esta doença é realizado, na maioria das vezes, através de medicamentos e terapia. No entanto, a alimentação pode ser uma grande aliada no controle da mesma. O estado de ansiedade pode estar relacionado uma dieta inflamatória, com consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar e gorduras, baixa ingestão de frutas, vegetais e compostos bioativos, que podem ter um efeito benéfico sobre esta patologia.


Este padrão alimentar inadequado é um fator de risco para o surgimento da ansiedade, pois pode induzir transtornos alimentares como a anorexia e bulimia nervosa, bem como se encontra presente em casos de obesidade, sendo um problema significativo para a saúde do indivíduo.


Ademais, na ansiedade, é observada a relação da doença com quantidades anormalmente baixas de neurotransmissores, como a serotonina, assim, busca-se entender estes mecanismos associados a fim de utilizar os neurotransmissores a favor do controle da ansiedade e das emoções derivadas dela. Os neurotransmissores são compostos químicos que passam mensagens entre os neurônios, possibilitando a comunicação entre si e o restante do corpo, são constituídos por aminoácidos, cofatores minerais e vitaminas. Podendo-se assim afirmar, que a maioria dos neurotransmissores são produzidos a partir de precursores da dieta de um indivíduo.


Desta forma, associa-se que a ansiedade é mediada pela maior ou menor biodisponibilidade de alguns neurotransmissores no Sistema Nervoso Central, e sua desregulação pode se dar pela falta de precursores dietéticos, dentre outros fatores ambientais. Dentre estes neurotransmissores, destaca-se a serotonina, que é responsável pela regulação do humor, bem como pela regulação comportamental dos impulsos de fome e de saciedade.


Sendo assim, é possível observar a necessidade da ingestão de quantidades adequadas de triptofano para que este seja utilizado para produção de serotonina pelo organismo. Outrossim, o triptofano pode ser derivado dos alimentos ingeridos, como o leite, ovos, carnes, frutos do mar, cereais integrais, batata, couve-flor, berinjela, soja, banana, kiwi, brócolis, tomates e nozes. Portanto, uma alimentação rica em triptofano se caracteriza por sua diversidade de alimentos naturais, haja vista que uma alimentação balanceada promoverá um aumento da biodisponibilidade deste aminoácido precursor de serotonina e, consequentemente, poderá promover efeitos benéficos para saúde corporal e emocional.


Por fim, ressalta-se que para o tratamento de doenças como a ansiedade, é imprescindível o acompanhamento por equipe multidisciplinar, formada por médico, nutricionista, psicólogo e educador físico. A alimentação, neste caso, pode ajudar no controle e manejo da doença, porém, não pode ser utilizada como forma única de tratamento pois estas desordens envolvem causas multifatoriais, sendo necessária a investigação aprofundada de cada caso.


Referências:

DA ROCHA, Ana Carolina Borges; MYVA, Lívia Mithye Mendes; DE ALMEIDA, Simone Gonçalves. O papel da alimentação no tratamento do transtorno de ansiedade e depressão. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, p. e724997890-e724997890, 2020.

DE SOUZA, Dalila Teotonio Bernardino; DE MORAIS LÚCIO, Jordânia; ARAÚJO, Adiene Silva. Ansiedade e alimentação: uma análise inter-relacional. 2017.

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