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Estratégias nutricionais efetivas para o combate da SOP

Falando primeiro sobre a síndrome do ovário policístico (SOP), essa é um distúrbio do sistema endócrino mais comum em mulheres de idade reprodutiva, sendo caracterizada por menstruação irregular, ovários policísticos, hiperandrogenismo, resistência à insulina e obesidade. Além disso, em conjunto com essa síndrome, diversas outras comorbidades podem aparecer, como diabetes tipo 2, distúrbios lipídicos, doenças cardiovasculares, câncer, entre outras. Assim, a busca por uma mudança de estilo de vida, principalmente sobre os hábitos alimentares, é essencial no tratamento da SOP e para a prevenção de outras doenças relacionadas.



A estreita relação entre a SOP e obesidade

Os estudos epidemiológicos mostram que há uma ligação entre o SOP e a obesidade. Nesse cenário, a obesidade pode promover o aumento de certas características da síndrome, como níveis androgênicos, hirsutismo, infertilidade, entre outras. Além disso, a obesidade está associada ao aparecimento das comorbidades citadas anteriormente. Assim, a redução de peso apresenta efeitos positivos, então, para que esse objetivo seja alcançado, o déficit calórico de 500 a 1000 kcal por dia pode ser ideal.


Controle glicêmico na SOP

Como citado anteriormente, a SOP pode estar relacionada com o aparecimento de diversas comorbidades. Nesse contexto, existem muitas evidências que apoiam os benefícios de dietas com baixo índice glicêmico, resultando na melhora da resistência à insulina, estando associada também a um risco reduzido de doença cardiovascular, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, câncer de endométrio, mama e ovário.


O manejo do consumo de gorduras

Agora, quando pensamos no consumo de gorduras, principalmente ácidos graxos saturados e trans, precisamos lembrar que esses podem levar a redução da sensibilidade à insulina e aumentar o risco de diversas comorbidades. Por outro lado, o consumo de gorduras insaturadas se relaciona com a redução do risco de doenças crônicas. Nesse sentido, encontramos principalmente o ômega-3, apresentando um potencial benéfico sobre os parâmetros metabólicos, como a manutenção do perfil lipídico, da resistência à insulina e função endotelial prejudicada.


A deficiência de minerais e a SOP

Falando um pouco agora sobre os minerais no contexto da SOP, podemos citar principalmente o papel do magnésio, visto que níveis reduzidos desse mineral foram encontrados em mulheres com altos níveis de testosterona ou resistência à insulina, sendo assim a reposição de magnésio pode ser necessária e eficaz. Além disso, foi observado também menor níveis de cromo, afetando novamente a sensibilidade à insulina, logo sua suplementação pode beneficiar esse quadro. Para mais, a reposição de cromo também se relacionou com a redução do hirsutismo e no alívio dos sintomas da SOP.

Portanto, como podemos observar, a adoção de estratégias nutricionais é considerada linha de frente para o tratamento da SOP e prevenção de comorbidades. Assim, torna-se necessário a inserção do nutricionista no cuidado multiprofissional.


Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, segue algumas sugestões de leitura:

Artigos:

Nutritional management in women with polycystic ovary syndrome: A review study

Resistência à insulina e concentrações de magnésio sérico entre mulheres com síndrome dos ovários policísticos

Eficácia do ácido graxo ômega-3 para a síndrome do ovário policístico: uma revisão sistemática e meta-análise


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